








Acordamos 06:50hs।, despedimo-nos do café brasileiro, arruma toda bagagem de novo, lava pára-brisas, verifica água e às 08:20hs. pé na estrada. Passamos pela fronteira sem nenhum problema, a emoção era tanta que fomos embora com nossos reais mesmo...rs...era preciso abastecer, como? Volta para aduana para cambiarmos, cambio feito, abastecemos, 3,17A$=1,86R$ a gasolina super, que é a nossa aditivada. Como já prevíamos, a normal estava em falta. Percorremos alguns km bem alegrinhos e fomos parados no primeiro posto policial (adivinha quem era a sortuda que estava dirigindo?), como eu já sabia da má fama dos policiais argentinos, deu aquela dor de barriga.Um deles foi educado, porém antipático, o outro foi entrando no carro com seu cãozinho sem ao menos pedir licença. Ele manda abrir o porta-malas e começa a fuçar em tudo, manda tirar quase tudo, como eu tinha arrumado o barraco, sabia o trabalho que ia dar fazer tudo isso de novo. Quando ele começou a abrir as malas e enfiar a mão dentro, o sangue espanhol começou a ferver (se botar as mãos nas minhas calcinhas eu te mato!). Daí ele pergunta se tínhamos eletrônicos e se tínhamos declarado, eu disse que não e ele olhou feio com cara de cocô, não declarei porque na aduana me disseram que não era necessário e sei que, se tiver algum problema com a falta da declaração, será na volta ao Brasil, além disso, tenho as notas fiscais para comprovar, então expliquei isso à ele (acho que com cara de poucos amigos, quando minhas narinas abrem e fecham...rs...porque levei uma bronca do Nano). Tanto era implicância que ele nem quis ver as notas fiscais. Liberados, vou eu arrumar o barraco de novo, dei uns socos nos sacos de dormir e nos cobertores para caber de novo e ele perceber o quanto eu estava feliz (detalhe, ainda não tínhamos comprado o kit de primeiros socorros, ui). O Nano e o Pablo checando o carro, procurando um barulhinho que tinha começado um pouco antes, daqueles que tira um pouco a paz. Seguimos viagem até San Ignácio onde paramos para conhecer as Ruínas Jesuíticas. Valeu muito, lugar lindíssimo, com uma energia muito boa, é louco ficar imaginando como eram as pessoas que levantaram tudo aquilo, como eles viviam...dá pra sentir. É o nosso segundo Patrimônio da Humanidade nesta viagem. Almoçamos Ruffles, Baconzitos e Coca no carro mesmo, às 13:30hs. para não perdermos tempo, certos de que no final da tarde acharíamos um churrasco legal para comer....Àhhh se soubéssemos. Retas, retas e mais retas, eu até sabia que era assim, mas não imaginava que já aqui em cima não havia infra-estrutura na estrada. O Sol estava escaldante, as ilusões de ótica atrapalhavam muito nas ultrapassagens e como descobrimos que o carro está meio “bobo” (apesar do alinhamento/balanceamento) não tive coragem de “chinelar” e fui entre 110/120km o que nos atrasou um pouco. Quis dirigir até cair a noite porque depois não enxergo mais, minha meta então era Paso de Los Libres onde pretendíamos “almoçar”...que ilusão, não tem nada em lugar nenhum, a não ser pela vegetação, é um deserto. Em Paso escureceu e eu entreguei os pontos, o Nano pegou e continuamos procurando um “comedor”. Achamos um posto com lanchonete, onde fomos muito mal atendidos, tinha vários tipos de lanches no cardápio, mas ela simplesmente “não podia fazer”, então comemos uma coisa parecida com uma torta, nem folhada, nem normal, “helada”, horrível. Seguimos viagem com a informação que Paraná estava a 200km, mas eram 300 e tantos. Chegamos às 0:00hs, rodamos até a 1:00hs procurando hotel e tentando ligar para o Brasil...em vão. Conseguimos achar um pulgueiro, pelo absurdo de 150,00 A$ que, negociando caiu para A$ 120,00.
P.S: Pai, fica tranqüilo, o “barulhinho” do carro não era no carro, era na pista!
P.S: Pai, fica tranqüilo, o “barulhinho” do carro não era no carro, era na pista!
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