Não conseguimos avistar o vulcão, pois o tempo estava muito fechado, uma pena. A estrada para voltar à Argentina é muy bela, porém muy esburacada, até agora a única ruim que pegamos. Mas atravessar os Andes de novo, é único! Acho que sempre será como a primeira vez. E foi especial porque foi totalmente diferente da primeira. Hoy não tinha nevasca...tinha neve, muita neve, mas Sol, muito verde e muito azul do céu. As montanhas pareciam grandes bolos com açúcar de confeiteiro que dá vontade de abocanhar. O caminho...esse me fazia pensar que estava à um pulo da casa do Papai Noel. Almoçamos em Villa La Angostura que, pra mim é uma mistura de Visconde de Mauá com Gramado com os Andes ao fundo. Muito bonita, mas muito turística, cheia de brasileiros turistas e não viajantes que, desfilam com seus brincos e pulseiras de ouro, seus óculos Armani e falam como gralhas em mirantes onde qualquer ser humano deveria manter alguns minutos de silêncio, contemplando a natureza e pensando na perfeição de Deus. Por favor, alguém coloque uma estrada de ripío, silêncio e tranqüilidade na minha frente...foi o que buscamos tentando subir a San Martin de Los Andes, mas quem disse que a Catarina deu conta? Depois de um pedaço de rípio, tudo virou lama por causa da neve e nós atolamos...uns operários de uma obra na própria estrada deram uma força e tivemos que voltar...áh, que pena, San Martin fica para uma próxima. “Ela” que não me escute, mas não vejo a hora viver com tração nas 4. Viemos para Bariloche, a paisagem no caminho para cá já começa a mudar, aparência de deserto, árida, mas com os Andes ao fundo, incrível...Até que encontramos um hotel rapidinho...um bem feinho, na beira do lago Nahuel Huapi, com uma prainha particular e uma vista horrorosa que farei questão de fotografar no café da manhã, amanhã.
