09/09/08 - Bariloche




























































































Acordei de manhã e não queria acreditar no que estava vendo...chuva, que saco! Desanimei total e nem queria sair debaixo das cobertas, mas o Nano fez todo mundo pular e ir tomar café para depois decidirmos se colocávamos o pé na estrada ou tentávamos conhecer alguma coisa. “Enquanto isso, na sala de justiça”... eles decidiram que o Sol deveria aparecer para nós, então, fomos ao Cerro Catedral sem segundas intenções, juro! Mas quem resiste? Vamos vai, Nano, só um pouquinho...pega a calculadora, faz conta daqui e dali, não dá, é caro, roda que nem peru tonto de um lado para outro...áh, que se dane! Vambora “snowboardEAR”, “pagar pra pagar mico”. E quem convencia o Pablo? Ele preferiu ser o câmera-man....filma um tombo, filma outro, sobe o morro, desce o morro...áh vai Pablo, vamos lá! A gente já pagou todos os micos, ninguém vai reparar nos seus tombos depois do nosso showzinho...convencemos! Eeebaaa! Daí eu descobri que ele não queria era pra não humilhar, logo de primeira se deu super bem e nas próximas começou a pegar toda a manha do negócio. Também, ele é pura “exatas”, se apegou às leis da física e ensinou a gente...eu sou “biológicas”, só pensava no posicionamento dos punhos ao cair para não fraturar, em colocar gelo nas torções...e isso tinha bastante hein (gelo e torções)! Obs. (Enquanto digitava isso o Pablo acabou de nos mostrar um enorme hematoma que não saía no banho...hahaha)....Depois que o Nano pegou as técnicas do Pablo, ele dominou, no final do dia já parecia um profissional (pronto, agüenta ele se achando agora), eu, não conseguia terminar a descida em pé, sempre caía no final e pra quem me conhece, dá pra imaginar o tamanho do bico...eu só entendi o segredo da coisa quando já não agüentava mais comigo. Então, foi caro, está tudo dolorido, mas foi um baita investimento! Um dia cheio de adrenalina e endorfina, TUDO o que estávamos precisando. Fomos ainda, no final da tarde, ao Cerro Otto, mas por motivos financeiros optei não subir no teleférico...não dá pra ter tudo, mas nem me importei, a vista de lá deve ser legal e tal, mas estamos atravessando os Andes, os lagos, de carro...temos visto imagens incríveis e depois do que vivi hoje, não me chateei.
Estamos tão cansados que resolvemos comer uma pizza no quarto do hotel mesmo, enquanto assistimos às vídeo-cassetadas de hoje...rs.
Dêem licença, vou atacar a pizza que está com um aroma de matar...”snowboardEAR” dá muita fome!

Ah, o papai urso pediu e seu pedido é uma ordem, então:

POR NANO

Não tem como descrever o dia de hoje, porque voltei à minha adolescência, no tempo em que andava de skate, só que muito melhor. Ver a neve já é uma coisa indescritível, quem diria deslizar sobre ela com snowboard....jamais imaginei isso em minha simples vida, é uma sençação maravilhosa, só estando lá para saber. Queimei todo o rosto, pois parecia uma criança e como criança não se preocupa com nada acabei esquecendo de passar protetor e estou parecendo um pimentão, porque o sol na neve engana e bastante.

POR PABLO

A América do Sul tem muitos lugares, relevos, cores e cheiros diferentes. De Santiago do Chile até Osorno achei melhor que a Argentina em infra-estrutura. Hoje estamos em Bariloche, Argentina, em um hotel simples, mas muito bom e de frente para um lago que parece um “mar”. Do outro lado, vários montes com neve nos picos. “Uma pintura em tela”. Acordei hoje cedo para aproveitar o dia e fomos para o monte Cerro Catedral onde pode esquiar. A visão e “energia” do lugar parece um sonho.