25/09/08 (Quinta) – Montevideo / Punta Del Este / Porto Alegre – 940km




























































































Montevideo foi eleita por mim e pelo Nano a melhor capital, aquela em que viveríamos. Tivemos a impressão que lá as pessoas têm qualidade de vida, não vimos pessoas gordas, relaxadas, mal cuidadas, e sim muita gente caminhando pela manhã na orla da praia, praticando esportes...Lá, o ar é muito mais respirável, a cidade é bonita, percebe-se também a história pela arquitetura, tudo muito encantador. A comida já mais parecida com a do Brasil, café da manhã no hotel ao nosso estilo, não saímos famintos e mal humorados. O Rio da Plata tinha uma cor incrível, não sei se só nesse dia ou sempre, um vermelho-arroxeado, cheiro de água doce e salgada se misturam...ah, que saudade, além de Buenos Aires, também quero voltar ao Uruguai com mais calma. Conhecer Colônia del Sacramiento, Piriápolis, Cabo Polônio, Fortaleza de Santa Tereza, etc. A viagem foi muito tranqüila, as estradas são lindas, cheias de vegetação, o país é tão pequeno que o cortamos em uma reta só. Demos uma paradinha em Punta, estava preparada para um mergulho, mas não é bem assim...o calor não é suficiente para entrar na água, nem mesmo para ficar sem agasalho. Punta, nessa época do ano, fora de temporada, me lembrou algumas cenas que já vi de praias européias, pouquíssimas pessoas na praia, em cadeiras de praia, com uma manta cobrindo as pernas, lendo um livro...bem diferente do que estou acostumada a ver nas praias do Brasil. Demos apenas um giro pela cidade, passamos pela marina, alguns cassinos...do pouco que vi, Punta é aquilo mesmo, o glamour que aparecia nos programas do Amaury Jr....rs...Conheço poucos lugares, mas achei que tem um pouco de Ilhabela, um pouco de Campos do Jordão, o que torna a cidade charmosa. O Chuí estava muito próximo, apenas 215km para finalmente chegarmos ao Brasil, nós estávamos ansiosos, com saudade de casa...Chegamos à fronteira por volta das 15:30, 16:00hs mais ou menos, ver aquela placa de “Bem-Vindo ao Brasil” chegava a emocionar, nunca imaginei que fosse sentir tanta saudade do Brasil, e o Nano então, que vive reclamando daqui, ops, “vivia”...eita paízinho porreta de bom...só é mal administrado vai, mas é bom. Mesmo depois de tantas, os trâmites das Aduanas ainda me deixavam tensa, agora ainda tinha a bendita declaração dos eletrônicos que eu não tinha feito...enfim, respirei fundo e entrei no escritório. À frente da porta, fica um policial numa mesa, depois os guichês, é claro que falamos “buenas tardes”, a coisa fica no automatismo, não tem jeito, quando ele respondeu “boa tarde” a gente sentiu vontade de pular a mesa e abraçá-lo! Que saudade de ouvir alguém falando português, perdoem os Argentinos, adorei vocês, mas falam muuuito e são muito estridentes. Então eu perguntei o que tínhamos que fazer, formulários, vistorias, para deveríamos nos dirigir, essas coisas...ele fez uma cara de espanto, perguntou “Mas vocês estão entrando?!” “Sim” “E são brasileiros?!” “Sim sr.”....”Oras, não tem que fazer nada! E só entrar gente!”...e fez um gesto com a mão chamando a gente para dentro em direção ao Brasil...nós demos muita risada e eu falei para o Nano “eita Brasil, isso aqui é a casa da mãe Joana mesmo hein”...simplesmente pode tudo, é tudo liberado, nós estávamos com compras no carro, coisas bobas, mas preocupados em ter que declarar alguma coisa, que nada...Bora entrar para o Brasil gente!...Bom, a brincadeira estava muito boa, mas ainda faltavam uns 500 e tantos km até Porto Alegre e ainda tínhamos que encarar a realidade das estradas federais brasileiras, terríveis. A vegetação já era diferente, a pelagem das vaquinhas, os rostinhos das crianças, tudo muito familiar. Por duas vezes tentamos comer em postos de caminhoneiros, mas a situação estava feia, nos sentimos na Argentina. Mas valeu a pena esperar, em Pelotas achamos um posto muito legal, com um bufe gigante com todo tipo de salgados...aafeee....quanto nessa vida eu sonhei em comer uma coxinha! E ainda de sobremesa tinha os típicos doces de Pelotas. Agora sim, de barriguinha cheia dava pra chegar em Porto Alegre...foi à meia noite, achamos hotel fácil, no Centro mesmo, dormimos felizes, estávamos em solo brasileiro! Nós tínhamos conseguido!

Um comentário:

  1. adorei os cometários, as fotografias.show de bola!!!
    deve ter sido muito legal.

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